E nada meu.
Somente aquilo que inspira meus dias
Os doces aromas perfumados
De jardins que nunca vi
As vezes penso ter perdido
A capacidade de seguir
E sinto cada vibrato da canção
Tornar menos nobre meu coração
Vigiando minhas dores
Entorno aquilo que nem sei
Copos e corpos e liquidos
Desconhecidos fluidos
navegam por minhas veias
E enamoram-se de meu sangue
Brando amor
Quando as luzes se apagam
E os sentidos se esquecem
E vão, o que me resta?
Apenas mais uma manhã
Longe dos rios, das flores
das árvores, dos amores...
Resta-me a amplitude do não saber
E mesmo me fazendo sofrer...
Não acato meus sonhos
Vivo tudo sempre em vão
Para onde hei de olhar
Se o que mais quero é não poder enxergar
Os risos tão ingratos de dentes tão sadios
Que fingem não saber quem sou
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