21/03/2011

De mim

Estava com saudades de meus poemas e meus vícios ...
Saudades das minhas paixões tão involuntárias quanto volúveis...
Queria os meus móveis, meus livros, minhas cartas...
E todo o resto com tudo o que há.!
Quero minha cama sempre amassada
A blusa nunca engomada
Quero a estante prestes a cair
Quero meu canto, meu espaço, meu mundo ...
Quero as pessoas e mais um criado-mudo
Não quero somente as intelectualidades do ser
Mas seus erros puramente simples
Quero as estradas de ferro
E Não somente o trilho enferrujado
Quero o meu nome espalhado pelo mar
Quer o teu nome sempre e nunca mais escutar...
Quero os sorrisos incontidos
As dores de parto
(Quando parto nunca há dores)
Quero o amor antigo
A porta batida
O Som dos meus passos...
Me quero de volta a mim
Com tudo o que sonho e sou...
Me quero nos corredores sempre abalada
Tão cansada de me desviar da flor.

Poesias sem fim..
Tudo o que sei inventar
Correr pelas ruas
E parar...
Com olhos perdidos
Nunca mostrar
Passados doídos
À caminhar....

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