Descubro com pavor nos olhos a falta da construção da palavra
que até pouco tempo atras não saia das páginas que já nem folheio mais.
Olho para o caminho não trilhado e tenho medo do desconhecido
e colaboro com aquilo que nao sou e nao quero
sem acentos... sem ponto e virgula.
sem nada.
sem a voz para que a boca? e quem entenderá
os erros cometidos ja estao no passado
e apartir da próxima vez tudo será novo de novo
e quem reclamará?
como fico se ao ouvir certos passos o coração inquieta,
e nada entendo?
nao tenho muito talvez nada
só cansaço
e hoje a coisa aperta
nada de tristeza ou melancolia
só o velho companheiro de sempre
que parece querer especialmente
puxar meus pés
e me atormentar
nao quero choros ou espamos
queria apenas
um travesseiro ou uma rede bem armada
num quintal ou numa varanda
fechar os olhos e sentir a brisa
bagunçar levemente os cabelos ondulados
ainda sujos, sem tempo pra lavar.
as ropas jogadas ainda espalhadas
e eu sigo assim, sem nada...
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